Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Este é o pior diário alguma vez criado. A cronologia perde se em hiatos de tempo descompassados. Há dias que escrevo, noutros penso em escrever e alguns que não sei o que escrever. Ficar fazendo relatório de infectados e mortes, é estar a cada minuto desactualizado. Cresce e mais cresce em Portugal, felizmente não com a expressão de outros países como Espanha, Itália e Inglaterra. Há para ver um pouco de baile político; hoje dizem não, amanhã dizem sim. É necessário saber dançar com a população. É tudo tão novo para esta actual situação. Certamente há quem viveu algo parecido entre guerras e ditaduras, políticas de endurecimento do ir e vir humano. Os jornais se dividem entre falar do problema da economia e o problema da pandemia. Dependendo da fonte, ficamos confusões em perceber o que está a frente da base hierárquica de valores dos controladores da civilização, vida ou dinheiro?
Não é só o silêncio das ruas que trazem desilusão. Mas o futuro, esse tão próximo futuro, posto em causa em qual via seguirá, quais serão, depois e durante este processo, a nossa base de valores civilizacionais? Temos de repensar como devemos viver a vida? Como podemos fazer um mundo melhor ( mesmo a nível pessoal, como?)?
Só nos resta refletir. De verdade, vamos pôr os neurónios, cada qual em sua casa e em sua caixinha cerebral, à serviço do melhor caminho a seguir para um futuro melhor, perceber o que andamos fazendo e ter forças para decidir, quando as vias ideológicas e políticas, voltarem a se dividir. A pandemia irá passar e algo dela nos irá transformar.
7/4/20